domingo, 19 de fevereiro de 2012

Amor e fraqueza

A fraqueza mente quando fala de amor. Àquele que nada pode dar a si mesmo, ninguém lhe dará nada. Um homem só é capaz de dar e de receber na medida em que é capaz de se bastar. A sua capacidade de comunhão é prefigurada na sua capacidade de solidão.

Fonte: "O que Deus uniu" - Editorial Aster - Colecção Éfeso

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

Réflexion

L´erreur individuelle, consciente, morale, est infiniment moins dangereuse que l´erreur généralisée, fondue, diluée, inconsciente, passée incognito dans les institutions, les coutumes, le climat. La plupart des aberrations morales conservent quelque chose d´accidentel, de curable, de révocable, tant qu´elles n´ont pas gâte le milieu humain. Mais quand l´âme de la Cité même est malade, l´individu est menacé, non plus seulement dans les parties supérieures de son être, mais dans son existence immédiate, dans son socle vital. Le "péché" devient proprement catasthophique quand il cesse d´être péché: quand il ne procède plus d´un choix individuel et délibéré, mais d´une conscience collective corrompue. Alors, il ne se borne plus à dégrader l´homme, il le détruit.


Ce mal socialisé, qui échappe (de toute l´etendue de ses infiltrations dans la vie et la nécessité) à la juridiction de l´esprit et de la morale, comment ne voit-on pas qu´il est absurde de vouloir le traiter uniquement sur le plan spirituel et moral? On méconnaît trop l´importance directe, pressante, tragique de certaines circonstances matérielles dont l´absence entraîne fatalement la ruine des plus hautes possibilités humaines. On se comporte commes des Amants de Venise qui attendraient de leurs seules conversations sidérales la conception d´une postérité! Pour l´homme du XXe siècle, saturé de superfluités, de vanités et "d´idéals", les problèmes d´ornementation de l´existence suffisent à effacer le problème de l´existence.

(C. IV.20.6.35)


Fonte: "Parodies et mirages ou La décadence d´un monde chrétien" - Editions du Rocher

Stella rectrix

Lembra-te de que nunca possuirás plenamente o céu neste mundo. Mas ai de ti se deixas de erguer os olhos para o alto! Nem pelo facto de não poderes voar, tens o direito de te deixares atolar. Os Magos nunca tocaram, com as mãos, a estrela que lhes guiava os passos. E, no entanto, seguiram-na fielmente por entre as ciladas e os desertos e através de todos os "desmentidos da experiência". E o astro inacessível conduziu-os ao Deus do céu, que se escondia na terra. É que a terra não descobre o segredo de suas entranhas senão a quem tem os olhos erguidos para o céu.

Não tentes apagar o astro que não brilha senão para te guiar. Conserva-te fiel a ele. Haja o que houver, aconteça o que acontecer. E encontrarás o ideal incorporado no real: a estrela do céu te ensinará o verdadeiro sentido na terra.

Fonte: "A escada de Jacob" - Editorial Aster - Colecção Éfeso